domingo, 31 de maio de 2009

Boletim informativo

Introdução

Este boletim informativo pretende mostrar o percurso até aqui efectuado do projecto e a partir do qual se pretende dar continuidade ao processo de auto-avaliação que se quer partilhado e participado por toda a comunidade educativa (professores, alunos, pessoal não docente, pais/encarregados de educação, …). De facto, é necessário que todos e cada um dos intervenientes no processo de auto-avaliação tenha a oportunidade de exprimir as suas perspectivas relativamente ao mesmo para que este possa “fazer falar os silêncios actuais e ocupar os espaços ainda hoje vazios” (Alaiz, 2009).

O nosso percurso

A auto-avaliação torna-se um dos meios de que o Agrupamento passa a dispor para reflectir sobre si e, numa atitude de organização aprendente, se abrir à inovação e à qualidade promovendo uma cultura escolar de abertura constante à melhoria e à eficácia da sua acção.
A constituição da equipa coordenadora do projecto foi da iniciativa do Conselho Executivo, neste ano lectivo de 2008/2009, atribuindo a cada docente um tempo no seu horário da componente não lectiva/de estabelecimento.
A inexperiência de todos os membros da equipa na área de autoavaliação institucional exigiu que numa fase inicial alargada, fosse assumido o desafio de revisão da literatura sobre a matéria. Após a recolha da bibliografia e da legislação de referência cada elemento dedicou-se à leitura e sistematização da informação partilhando e reflectindo sobre auto-avaliação com o intuito de clarificar o conceito. Analisaram-se, também, vários modelos de auto-avaliação, EFQM, CAF, QUALIS, ISO, PAVE, para ver qual o modelo que melhor se adequava ao nosso Agrupamento. Optou-se pelo PAVE por ser um modelo aberto e simples de auto-avaliação concebido com o objectivo de ajudar o Agrupamento a seleccionar as áreas consideradas mais pertinentes para uma avaliação mais aprofundada.
Uma avaliação que seja de qualidade, que além de mostrar e provar, sirva especialmente para melhorar. Tratou-se de uma fase crucial para o desenvolvimento do trabalho.
Escolheu-se o nosso facilitador externo ou “amigo crítico” – dois professores do projecto ARQME da FPCEUP e do qual o Agrupamento é parceiro, que nos tem acompanhado ao longo deste trabalho, que tem procurado compreender bem o contexto do Agrupamento (sua estrutura e cultura), tem sido um crítico do vulgar ajudando-nos a encontrar novas ideias, bem como o sentido/rumo a tomar.
Seguidamente, a equipa coordenadora elaborou um desdobrável informativo com o intuito de informar a comunidade sobre: o que é a auto-avaliação, como é constituída a equipa coordenadora, finalidades e objectivos do projecto de auto-avaliação. Este desdobrável foi distribuído à medida que se iam fazendo as reuniões de divulgação e esclarecimento nos vários órgãos das estruturas de orientação educativa, e através destes a todos os professores, alunos, pais/encarregados de educação e pessoal não docente. Constituiram-se os grupos de focagem (grupo representativo da diversidade de interesses presentes no Agrupamento, constituído por pessoas dos vários sectores da comunidade educativa – professores, alunos, pessoal não docente, pais/encarregados de educação) e explicitaram-se as suas funções. Estes grupos analisaram/reflectiram o perfil de auto-avaliação do Agrupamento (que constitui também o nosso referencial) elaborado pela equipa e escolheram o domínio a ser avaliado como prioritário. Após a escolha do domínio a avaliar – Comportamento, atitudes e valores – estamos a construir os instrumentos para recolha e tratamento da informação. Estes instrumentos antes de serem distribuídos pela comunidade serão aferidos pelos grupos de focagem, em conjunto com a equipa.


A Equipa de Auto-Avaliação

Apresentação

Quem somos?

Uma equipa…

Constituída por cinco elementos dispostos a colaborar com a comunidade educativa, no sentido de:
Reflectir sobre as nossas práticas
Aferir o cumprimento do Projecto Educativo
Melhorar as nossas actividades
Promover a mudança necessária

O que vamos fazer?
Implementar no Agrupamento uma cultura de auto-avaliação capaz de conduzir a uma melhoria da qualidade educativa nas nossas escolas, nas suas diversas dimensões, no quadro de uma reflexão interna e alargada a toda a comunidade educativa.

Com o objectivo de...
Desencadear hábitos de diálogo e de reflexão interna sobre as questões do sucesso escolar
Contribuir para a melhoria da qualidade educativa do Agrupamento
Promover uma cultura de auto-avaliação contínua e sistemática
Possibilitar um melhor conhecimento da escola por parte da comunidade
Porquê?
“A auto-avaliação é um processo de auto-crítica que gera hábitos enriquecedores de reflexão sobre a própria realidade” (Guerra, 1993:29). Ou seja, é um processo de recolha e tratamento de informações sobre a escola levado a cabo por membros da sua comunidade educativa.


É o processo pelo qual uma escola é capaz de olhar criticamente para si mesma com a finalidade de melhorar posteriormente os seus recursos e o seu desempenho” (Esis, 2000).
Este processo permite à escola desenvolver uma capacidade de reflexão sobre si mesma, de iniciativa e de inovação, para que possa responder de forma eficaz aos desafios de hoje.

“A avaliação reflecte a realidade das escolas e permite que os protagonistas se vejam com clareza e rigor. Da compreensão suscitada pela imagem contemplada, nascerá a decisão de corrigir um gesto, limpar o rosto, ou a realização duma operação mais complexa.
O espelho tem de estar limpo e bem colocado. Não pode distorcer a imagem, como acontece com os espelhos côncavos e convexos. Os interesses, a desonestidade, a arbitrariedade, a falta de ética, deformam a imagem e confundem quem nele se quer espelhar.
Não compete ao avaliador dizer aos protagonistas se estão a fazer bem ou mal. Muito menos aquilo que deve ser mudado. Simplesmente os ajudam a olhar-se com clareza, de modo a poderem formar um juízo mais fiel sobre o que fazem.
Desse juízo, dessa compreensão hão-de surgir as decisões de mudança.
Manter o espelho face à realidade, situá-lo de forma a receber uma imagem fiel, limpá-lo de impurezas que dificultam a visão, acolher sugestões dos que nele se espelham, eis a tarefa dos avaliadores.
A finalidade última é melhorar essa realidade, essa imagem que se projecta no espelho e que constitui um serviço social presidido de valores.”

(Guerra, 2002: 11)