domingo, 31 de maio de 2009


“A avaliação reflecte a realidade das escolas e permite que os protagonistas se vejam com clareza e rigor. Da compreensão suscitada pela imagem contemplada, nascerá a decisão de corrigir um gesto, limpar o rosto, ou a realização duma operação mais complexa.
O espelho tem de estar limpo e bem colocado. Não pode distorcer a imagem, como acontece com os espelhos côncavos e convexos. Os interesses, a desonestidade, a arbitrariedade, a falta de ética, deformam a imagem e confundem quem nele se quer espelhar.
Não compete ao avaliador dizer aos protagonistas se estão a fazer bem ou mal. Muito menos aquilo que deve ser mudado. Simplesmente os ajudam a olhar-se com clareza, de modo a poderem formar um juízo mais fiel sobre o que fazem.
Desse juízo, dessa compreensão hão-de surgir as decisões de mudança.
Manter o espelho face à realidade, situá-lo de forma a receber uma imagem fiel, limpá-lo de impurezas que dificultam a visão, acolher sugestões dos que nele se espelham, eis a tarefa dos avaliadores.
A finalidade última é melhorar essa realidade, essa imagem que se projecta no espelho e que constitui um serviço social presidido de valores.”

(Guerra, 2002: 11)

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